Um especialista em Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) informou neste sábado que a tática de tortura ainda é usada por investigadores criminais e de terrorismo do Sri Lanka, ainda que a prática tenha diminuído desde o término da guerra civil sete anos atrás.
"Menos casos são reportados hoje que durante o período de conflito e talvez os métodos usados pelas forças policiais sejam, às vezes, menos severos", contou o relator especial da ONU, Juan E. Mendez, ao término de uma visita de nove dias ao Sri Lanka.
[SAIBAMAIS]"Mas infelizmente a prática de interrogatório sob coerção física e mental ainda existe e formas severas de tortura, embora provavelmente em circunstâncias menos frequentes, continuam sendo usadas", revelou Mendez. Ele entrevistou pessoas que alegam ter sido torturadas em prisão e testes forenses conduzidos com a ajuda de especialista mostraram que os testemunhos eram verdadeiros.
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"Tanto casos antigos quanto novos continuam rodeados por total impunidade", acrescentou o relator. Segundo ele, os métodos de tortura incluíam asfixia com uso de sacos plásticos embebidos em querosene, aplicação de pimenta em pó na face e nos olhos do indivíduo, além de mutilação dos genitais. Autoridades do governo do Sri Lanka não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.