Pequim, China - O presidente do Baidu foi convocado pelas autoridades de regulamentação da China após a morte de um estudante que, em uma tentativa de curar o câncer, teria confiado nos links patrocinados do motor de busca na internet.
Wei Zexi, um estudante de 21 anos que sofria de um tipo raro de câncer, encontrou, por meio do Baidu, um tratamento experimental proposto por um hospital de Pequim.
Ele gastou mais de 200 mil yuanes (27 mil euros, 30 mil dólares) no tratamento - depois de pedir empréstimos a parentes e amigos -, mas não melhorou, explicou o próprio estudante em fevereiro no fórum Zhihu.com. Um mês depois o paciente faleceu.
Wei acusou o hospital de ter exagerado a eficácia do tratamento e o Baidu de ter classificado os resultados da busca em função da publicidade que os hospitais pagam à empresa. Também fez um apelo para que outros pacientes "não se deixem enganar". O caso provocou nos últimos dias uma comoção e uma onda de indignação nas redes sociais chinesas.
A CAC - a autoridade chinesa que administra a internet e a segurança virtual - anunciou em um comunicado a abertura de uma investigação sobre o Baidu em conjunto com as autoridades da área de saúde e do comércio e indústria. O caso provocou uma queda de 8% das ações do Baidu na Bolsa de Nova York.