A maior cervejaria venezuelana, a Polar, paralisou desde sexta-feira todas suas operações pela impossibilidade de conseguir matéria-prima fundamental para a produção, confirmou um assessor de imprensa da empresa. "Fechamos quatro fábricas no país e 7.000 empregados diretos estão parados", indicou a fonte, que não é autorizada a fazer declarações públicas.
O fabricante já havia manifestado que não podia comprar divisas dentro do controle de câmbio fixado pelo governo desde 2003, e que por isso não tinha como importar cevada. O acionista majoritário do grupo Polar, Lorenzo Mendoza, é acusado pelo presidente Nicolás Maduro de paralisar a produção como parte uma "guerra econômica" de empresários de direita para desestabilizar seu governo.
O governo afirma que essa "guerra econômica" é a responsável pela inflação de três dígitos (180,9% em 2015, segundo dados oficiais), escassez de dois terços dos produtos básicos e medicamentos, e uma contração de 5,9% da economia no ano passado.