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Irã convoca embaixador suíço por congelamento de ativos nos EUA

Mais de mil americanos se beneficiam da resolução, que diz respeito ao atentado contra um quartel de marines no Líbano em 1983, que matou 241 oficiais, e vítimas de outros ataques

Teerã, Irã - O Irã convocou nesta terça-feira (26/4) o embaixador suíço em Teerã, que também representa os interesses dos Estados Unidos, para entregar uma nota de protesto dirigia a Washington por uma sentença que estabelece o congelamento de ativos iranianos em Nova York para compensar vítimas de atentados.

A nota foi entregue ao embaixador suíço, Giulio Haas, para expressar que o congelamento de dois bilhões de dólares decretado pela Suprema Corte americana "é uma violação manifesta dos acordos conjuntos acordados" entre Estados Unidos e Irã.

"Consideramos como responsável a administração americana pela preservação dos fundos iranianos e, caso estes sejam espoliados, vamos apresentar uma demanda de reparação na Corte Internacional de Justiça", disse o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamed Javad Zarif.



Na semana passada, em uma decisão tomada por seis contra dois, a maioria da corte ratificou uma lei federal de 2012 sobre a distribuição de ativos iranianos depositados em bancos americanos, afirmando que o Congresso não retirou a autoridade de tribunais de menor instância ao aprovar a mesma.

Mais de mil americanos se beneficiam da resolução, que diz respeito ao atentado contra um quartel de marines no Líbano em 1983, que matou 241 oficiais, e vítimas de outros ataques, como o executado com explosivos em um edifício na Arábia Saudita que matou 19 americanos em 1996.

O incidente acontece em um momento difícil para a aproximação entre Estados Unidos e Irã, nove meses depois da assinatura do acordo nuclear em Viena. Os dois países romperam relações diplomáticas em 1979, após o sequestro de reféns na embaixada americana praticado por estudantes ligados ao então novo governo.