O balanço oficial mais recente do terremoto registra 587 mortos, sendo 29 estrangeiros, além de 5.733 feridos e mais de 20.000 pessoas desabrigadas.
Passados cinco dias depois do terremoto, há cada vez menos esperanças de achar pessoas com vida entre os escombros, onde os socorristas trabalham contra o relógio e em meio ao forte odor de corpos em decomposição.
Diante da situação, o Equador espera arrecadar um bilhão de dólares através de drásticas medidas econômica para encarar a crise nas zonas devastadas.
"A reconstrução será longa, mas juntos superaremos esta tragédia", tuitou o presidente Rafael Correa, depois de anunciar, na véspera, um aumento de dois pontos do IVA (de 12% a 14%) durante um ano e contribuições obrigatórias de um dia de soldo para cada mil dólares mensais de salário.
Correa também anunciou uma "contribuição de uma só vez de 3% adicional sobre utilidades", assim como "uma contribuição de uma só vez de 0,9% sobre pessoas físicas com patrimônio maior a um milhão de dólares".
Apesar de ter afirmado que o país está "muito mais preparado" que antes para enfrentar este tipo de tragédia, em seu discurso à nação Correa informou que o Estado "buscará vender" alguns ativos "para superar os momentos tão difíceis", mas sem especificar quais, e disse que avalia emitir títulos da dívida.
As medidas serão somadas a outros aumentos iminentes de impostos, como os da cerveja e cigarros, que devem ser aprovados na Assembleia Nacional, em um país com grandes necessidades de financiamento e que deve enfrentar milionários vencimentos da dívida em 2016.
O governo calculou os danos do terremoto em 3 bilhões de dólares.
Segundo estimativas preliminares, o terremoto destruiu 800 imóveis, afetou outros 600, danificou estradas e fez colapsar a infraestrutura nas zonas turísticas, principal atividad do litoral, um duro golpe para este país dolarizado e petroleiro, severamente atingido pela valorização da moeda americana e a queda dos preços do petróleo.