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Resolução do conflito com separatistas na Ucrânia pode levar anos

O uso da força implica "perdas humanas, desgraça e grandes prejuízos para a economia", afirmou o ministro de defesa, em um momento em que dois anos depois de iniciado o conflito foram registrados 9.200 mortos e mais de um milhão e meio de deslocados


Kiev, Ucrânia - A resolução do conflito com os separatistas no leste da Ucrânia levará "anos", disse nesta quarta-feira o ministro de Defesa ucraniano, Stepan Polotorak, que denunciou que Moscou continua tendo soldados deslocados em seu território.

"A única decisão correta era a resolução política deste conflito", disse Poltorak em entrevista concedida a vários meios, entre eles a AFP, em que admitiu que o processo "vai levar anos".

O uso da força implica "perdas humanas, desgraça e grandes prejuízos para a economia", afirmou o ministro, em um momento em que dois anos depois de iniciado o conflito foram registrados 9.200 mortos e mais de um milhão e meio de deslocados.

O ministro acusou Moscou de manter mais de 7.000 soldados no leste da Ucrânia e continua abastecendo os rebeldes com "armas e combustível".



Apesar de que, desde setembro, vigora uma trégua respeitada em grande medida, Poltorak advertiu que sempre existe o risco de que volte a haver confrontos, embora tenha destacado que a capacidade dos rebeldes de lançar uma ofensiva maior continuem sendo "limitadas".

O acordo assinado em Minsk em fevereiro de 2015 pôs fim à violência em grande medida, mas não conseguiu estabelecer uma solução que defina o estatuto das regiões rebeldes.

Tanto Kiev quanto as potências ocidentais acusam Moscou de apoiar os rebeldes e de ter deslocado suas tropas a Ucrânia, mas a Rússia nega qualquer envolvimento militar no conflito.