Pedernales, Equador - O Equador foi sacudido novamente na madrugada desta quarta-feira por um forte tremor, que provocou alarme entre as pessoas que participam nos trabalhos de resgate na região onde o terremoto deixou 480 mortos e 1.700 desaparecidos há quatro dias. O novo terremoto, de 6,1 graus segundo o Instituto de Estudos Geológicos dos Estados Unidos e 6,2 de acordo com o Instituto Geológico do Equador, foi prolongado, mas não foram constatados danos até o momento.
O terremoto destruiu 800 edifícios destruídos, afetou outros 600 e deixou estradas e infraestruturas em colapso em zonas turísticas. O presidente Rafael Correa calculou em três bilhões de dólares os danos, o que representa de dois a três pontos do PIB e deixa a situação econômica do país ainda mais complicada depois da queda do preço do petróleo. Vários países ofereceram ajuda ao governo equatoriano.
Em Pedernales, balneário que fica 180 km ao norte de Manta e epicentro do terremoto de sábado que deixou a cidade de 60.000 habitantes destruída, um pequeno campo de futebol foi transformado em Centro de Operações de Emergências (COE) e inclui um necrotério, um centro de atendimento médico e uma central de distribuição de produtos básicos. O local distribui roupas, alimentos e medicamentos, assim como papel higiênico e cobertores, recebidos de doações públicas e de particulares de todo o país. De acordo com o Unicef, 150 mil crianças foram afetadas pelo terremoto.
Alguns bombeiros questionaram a rapidez com que algumas brigada usaram equipamento pesado. "Infelizmente não permitiram as 72 horas para que os grupos trabalhassem em sua parte das operações. Desde domingo começaram a remoção com equipamento pesado, reduzindo muito os espaços de vida na estrutura", declarou à AFP o tenente Ricardo Méndez, comandante dos socorristas do corpo de bombeiros da cidade colombiana de Pasto, um dos voluntários.