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Equador prossegue com buscas após terremoto que deixou mais de 480 mortos

O terremoto, de mais de um minuto de duração e considerado o mais forte no Equador em 40 anos, devastou a costa do país, do sul ao norte



As histórias de resgates de sucesso 48 horas depois do tremor e o trabalho incansável dos bombeiros, policiais, militares e cães farejadores, assim como voluntários de outros países, mantêm a esperança dos parentes. Na segunda-feira, uma pessoa foi resgatada com vida dos escombros na cidade de Portoviejo, no local em que ficava o hotel ;El Gato;.

Na mesma cidade do estado de Manabí (oeste, o mais afetado), o centro devastado, com edifícios que desabaram e ruas repletas de postes sobre o asfalto, foi abandonado e conta apenas com a presença das forças de segurança para evitar saques.

O terremoto, de mais de um minuto de duração e considerado o mais forte no Equador em 40 anos, devastou a costa do país, do sul ao norte, com vários edifícios reduzidos a escombros, estradas destruídas e blocos de pedra e ferro retorcido nas áreas frequentadas por turistas.

Desde sábado foram registrados mais de 200 tremores secundários, que devem prosseguir nos próximos dias no país, "em estado de exceção". Em uma visita a Pedernales na segunda-feira, o presidente Rafael Correa advertiu que a reconstrução da região vai demorar anos e custará "centenas, provavelmente bilhões de dólares".

[SAIBAMAIS]O governo equatoriano ativou fundos de US$ 450 milhões para a reconstrução e receberá linhas de financiamento do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e outras instituições, assim como ajuda material e humana de países como Venezuela, Colômbia, Espanha e Peru. Correa pediu ao país que aprenda com a tragédia.

"Desta dolorosíssima experiência, oxalá retiremos lições para o futuro. Depois do terremoto do Haiti, começaram a estudar normas de construção muito mais fortes, que já eram aplicadas em 2014, mas antes disto realmente havia construções tremendamente precárias e por isso, talvez, os danos são maiores".

O presidente estimulou os equatorianos a ser "mais rígidos nas normas de construção". "Muitos edifícios desabaram pela construção ruim. Ninguém quer eludir responsabilidades, mas esta responsabilidade e sobretudo dos governos locais", disse Correa.

De acordo com as autoridades, o balanço de 413 vítimas fatais e mais de dois mil feridos deve aumentar nos próximos dias. Entre os mortos há sete colombianos, um americano, uma irlandesa e dois canadenses.