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Chanceler argentina ratifica apoio à presidente Dilma em meio à crise

"Apoiamos a presidente Dilma Rousseff, esperamos que o Brasil resolva esta crise de forma institucional. Precisamos de um parceiro forte", afirmou Malcorra


Buenos Aires, Argentina - A chanceler argentina, Susana Malcorra, expressou nesta segunda-feira o apoio firme do governo de seu país à presidente Dilma Rousseff, envolvida em uma crise que gera grande preocupação e a quem deseja expressar o quanto antes o apoio regional em nome do Mercosul.

[SAIBAMAIS]"Apoiamos a presidente Dilma Rousseff, esperamos que o Brasil resolva esta crise de forma institucional. Precisamos de um parceiro forte", afirmou Malcorra em coletiva de imprensa no Palácio San Martín (sede diplomática), ao lembrar que o Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina.

A chanceler disse que, embora no momento o Brasil não seja um dos temas da agenda do encontro com o presidente americano, que visitará a Argentina em 23 e 24 de março, tem como objetivo fazer um pronunciamento ao nível do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela - antes da chegada de Barack Obama a Buenos Aires.

"Esperamos que se resolva da melhor forma possível esta crise, sempre no âmbito da institucionalidade democrática do Brasil", destacou.


O Brasil é sacudido pela recessão econômica e por uma crise política derivada do escândalo de corrupção na Petrobras e a presidente Dilma enfrenta um processo de impeachment no Congresso por suposta manipulação de contas públicas.

Para tentar recompor sua aliança de governo, a presidente nomeou na semana a ministro chefe da Casa Civil o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010), que é investigado em um processo vinculado ao ;Petrolão;.

"Eu quero crer que ela (Dilma Rousseff) o fez para fortalecer seu governo do ponto de vista operacional, não para encobrir uma ação judicial. Deste ponto de vista, é absolutamente válido. Agora, não cabe a segunda intencionalidade, que não me consta", disse Macri em entrevista publicada no domingo no jornal La Nación.