Diretores da ONU no âmbito humanitário se referiram, nesta sexta-feira (11/3), a "frágeis luzes de esperança" na Síria, depois que o cessar-fogo permitiu entregar mais ajuda, mas advertiram que esses avanços "não são suficientes".
Às vésperas do sexto aniversário da guerra civil no país, os chefes dos organismos humanitários divulgaram um comunicado, no qual afirmam estarem "muito preocupados" com a situação nas zonas rurais do norte de Homs e em Aleppo.
Nas últimas semanas, "vimos luzes de esperança frágeis", avaliam os 11 signatários do documento.
"Estão caindo menos bombas; em algumas partes, abrem-se vias para a distribuição de ajuda humanitária; os negociadores de todos os lados se preparam para se reunir e conversar", detalha o texto.
"Embora tenhamos começado a entregar material básico às comunidades que necessitam disso há meses, não é suficiente", advertiram.
Entre outros signatários deste comunicado, estão o diretor do Programa Mundial de Alimentação, Ertharin Cousin; o diretor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Anthony Lake; o alto comissário para os Refugiados, Filippo Grandi; e a diretora da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan.
Um cessar-fogo promovido por Estados Unidos e Rússia permitiu às Nações Unidas entregar ajuda humanitária, oferecer assistência aos civis em áreas de difícil acesso, assim como a sírios que passavam fome em zonas sitiadas.
Desde o início do ano, seis milhões de sírios receberam ajuda, por intermédio de entregas regulares em comboios em localidades sitiadas, relata o texto.
No documento, os diretores dizem esperar que o quinto aniversário do conflito, em 15 de março, seja "o último" e que as discussões em curso tragam "uma paz verdadeira e o fim do sofrimento na Síria".
Também assinam a declaração: William Lacy Swing (Organização Internacional para as Migrações), Pierre Krahenbuhl (Agência da ONU para os Refugiados Palestinos), Helen Clark (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e o presidente do grupo InterAction de ONGs, Samuel Worthington.