O desespero aumentou entre os republicanos depois do debate de quinta-feira, onde houve uma vulgaridade sem precedentes. "Este espetáculo me deixa doente", escreveu o conservador Matthew Continetti no site Washington Free Beacon. "Presenciei a redução a cinzas de décadas de trabalho de instituições conservadoras, de militantes e legisladores", acrescentou. Os líderes do partido temem que uma indicação republicana de Trump leve à eleição da democrata Hillary Clinton. "Donald Trump é um falso, uma fraude", expressou Romney na quinta-feira, ao convocar os eleitores a apoiar algum dos outros aspirantes em disputa.
Apesar da escalada da luta verbal, os seus três adversários afirmaram que o apoiarão se conseguir a indicação. Trump espera conquistar neste sábado os votos que seriam direcionados ao médico aposentado Ben Carson, que anunciou na sexta-feira sua saída da corrida. Para Ted Cruz, "as apostas são muito altas" para permitir que Trump seja designado. "Indicar Donald seria um desastre", afirmou o senador, que venceu em quatro estados até agora. Marco Rubio, considerado por muitos líderes republicanos a aposta mais lógica, só venceu em um estado, e o governador de Ohio, John Kasich, tem as mãos vazias.
Do lado democrata, trata-se de conseguir convencer seus eleitores de ir votar, já que a mobilização até agora foi menos forte que em 2008. Hillary Clinton espera continuar com sua série de vitórias da "Super Terça", enquanto Bernie Sanders tem os olhos voltados para a próxima etapa e para os estados do norte, que são mais favoráveis a ele.