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EUA apresentam na ONU sanções mais duras contra Coreia do Norte

O projeto foi elaborado em represália aos testes nucleares e balísticos que Coreia do Norte promove

Os Estados Unidos apresentaram nesta quinta-feira na ONU um projeto de resolução com sanções "duras e mais abrangentes" contra a Coreia do Norte, em represália por seus testes nucleares e balísticos - declarou a embaixadora americana na organização, Samantha Power.

O projeto pode ser apresentado neste fim de semana.

"É uma grande atualização" das sanções passadas, disse Samantha Power aos repórteres, após a reunião do Conselho de Segurança, na qual o novo pacote de medidas foi apresentado.

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De acordo com Samantha, o projeto prevê inspeções sistemáticas de todos os carregamentos destinados e procedentes de Pyongyang.

"Pela primeira vez na história, todas as cargas indo para e saindo da RPDC (República Popular Democrática da Coreia) serão sujeitas à inspeção obrigatória", afirmou a embaixadora dos Estados Unidos na ONU.

O texto "exerce pressão em uma maior quantidade de pontos, em mais setores", completou, referindo-se a um embargo total sobre as armas convencionais e a um aumento das sanções financeiras e bancárias impostas à Coreia do Norte.

Estão previstas restrições à exportação de certos minerais como carvão, ouro e titânio. Os navios norte-coreanos "suspeitos de transportar produtos ilícitos" serão proibidos de atracar em portos estrangeiros.

"Aqui, a mensagem é que os norte-coreanos devem prestar contas por suas ações", explicou Samantha, logo ao entrar na reunião.

Mais cedo, o porta-voz americano Kurtis Cooper havia dito que "esperamos trabalhar com o Conselho em uma resposta contundente e exaustiva à última série de testes da RPDC destinada a avançar em seu programa de armas nucleares".

Se as sanções forem adotadas e aplicadas ao pé da letra, farão "uma pressão muito mais significativa" do que as resoluções anteriores adotadas pela ONU em dez anos.