Quase 90 pessoas foram mortas neste domingo (21) em uma série de ataques em áreas controladas pelo regime sírio, enquanto os Estados Unidos continuavam a pressionar por uma trégua, anunciando um acordo "provisório" para a cessação das hostilidades.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque duplo que atingiu um bairro na cidade de Homs (centro), onde 57 pessoas morreram, segundo uma ONG. O EI indicou em um comunicado que o duplo ataque foi realizado por dois de seus membros conduzindo "dois carros-bomba que visaram locais com grande concentração de pessoas" no bairro de Al-Zahra, cuja população é predominantemente alauíta, comunidade minoritária à qual pertence o presidente sírio Bashar al-Assad. Trata-se do pior atentado na cidade desde outubro de 2014, quando 55 pessoas, incluindo 49 crianãs, morreram em frente a uma escola.
Trinta outras pessoas morreram nas proximidades de um santuário xiita ao sul de Damasco em pelo menos três ataques. Neste contexto e apesar dos fracassos dos esforços anteriores para instaurar um cessar-fogo, o secretário de Estado, John Kerry, anunciou em Amã "um acordo provisório" com a Rússia sobre os termos de uma trégua que "poderia começar nos próximos dias".
A multiplicação de protagonistas, as profundas divisões internacionais e a ascensão dos grupos jihadistas Estado Islâmico (EI) e Frente Al-Nosra, minam os esforços para uma resolução do conflito sírio, que em cinco anos fez mais de 260.000 mortos e forçou ao exílio mais da metade da população.
[SAIBAMAIS]