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Exército diz que matou o chefe shebab que planejou massacre no Quênia

O ataque ocorreu contra um campo de treinamento shebab em 8 de fevereiro passado

Nairóbi, Quênia - O governo dos Estados Unidos havia oferecido uma recompensa de cinco milhões de dólares por toda informação que levasse a sua captura ou morte.

O Quênia, que faz parte da força da União Africana que luta contra os shebab na Somália (Amisom), assegurou ter aplicado um grande revés aos islamitas.

O ataque ocorreu contra um campo de treinamento shebab em 8 de fevereiro passado.


Karate, chefe da unidade Amniyat dos islamitas, especializada em inteligência ataques e assassinatos, era suspeito de ter participado no planejamento do massacre das 148 pessoas na universidade queniana de Garissa em 2015.

Foi, além disso, adjunto do ex-chefe supremo dos shebab, Ahmed Godane, morto em um ataque com drones americanos em 2014.

A informação sobre a morte não foi confirmada por ora por outras fontes e os shebab também não reagiram a ela.

Os shebab foram expulsos pela Amisom de Mogadíscio, a capital somali, em agosto de 2011 e desde estão perderam seus maiores redutos, recorrendo a operações de guerrilha e atentados suicidas.

Mas os islamitas continuam controlando muitas zonas rurais e representam uma ameaça para a segurança da Somália e dos países vizinhos, principalmente no Quênia, onde realizaram ataques que deixaram mais de 400 mortos desde 2013.

Em janeiro passado, atacaram um campo do contingente queniano da Amison em El Adde, sul da Somália. Eles reivindicaram a morte de mais de 100 soldados quenianos, um dado impossível de verificar, mas apoiado pela publicação de fotos que mostram dezenas de soldados quenianos mortos na base.