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Sociedade civil deve pressionar pelo fim do embargo contra Cuba

O congressista republicano Tom Emmer pede pressão de grupos que entendam que isso é importante para eles, seja por interesses econômicos ou religiosos

De volta de uma viagem a Cuba, legisladores americanos convocaram, nesta quarta-feira (17/02), líderes empresariais, religiosos e culturais a pressionarem o Congresso para eliminar de uma vez por todas o embargo contra a Ilha, em vigor desde 1962.

"Precisamos da pressão de grupos que entendam que isso é importante para eles. Pode ser pelos interesses econômicos, pode ser a Igreja católica, qualquer grupo", explicou o congressista republicano Tom Emmer em um encontro com jornalistas em Miami, na Flórida, sudeste dos Estados Unidos.

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Emmer estava acompanhado da democrata Kathy Castor, com quem promove um projeto de lei no Congresso para suspender o embargo.

Tom Emmer e Kathy Castor fizeram parte de uma delegação de sete legisladores republicanos e democratas que visitou Cuba no fim de semana passado para observar os avanços obtidos desde que começou o degelo entre Washington e Havana em dezembro de 2014.

"Precisamos de vocês, de fora, que estejam no terreno, para dar um impulso", disse Emmer, que se mostrou confiante em que o embargo pode ser suspenso ainda este ano pelo Congresso americano.

Ele reconheceu, porém, que é uma tarefa difícil.

Os legisladores afirmaram que, até agora, o projeto de lei conta com "vasto apoio" dos democratas na Câmara de Representantes, mas apenas de 11 republicanos. Maioria nas duas Casas do Congresso, o Partido não mostrou interesse em pôr fim ao embargo.

Os republicanos "vão ouvir os líderes dos setores econômicos, religiosos e de instituições culturais, porque há um impulso e há esperança", declarou Castor.

Esses congressistas contaram ter voltado motivados de Cuba, onde observaram um "dinâmico" setor de empreendedores e até descreveram como "joviais" suas reuniões com funcionários do governo cubano.

Dentro de seus esforços para ganhar apoio, os congressistas se reuniram hoje, em Miami, com cerca de 50 empresários. O encontro foi promovido pelo Conselho das Américas (COA), uma organização que estimula a aproximação entre Cuba e Estados Unidos.

Desde a retomada das relações entre Havana e Washington, o governo de Barack Obama flexibilizou sanções contra Cuba, por meio de decretos presidenciais. Quase todo comércio e turismo continuam proibidos pelo embargo, porém, já que apenas o Congresso tem poder para suspendê-lo.