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Países pobres apresentam alta mortalidade por câncer em crianças

Embora a taxa de sobrevivência seja de cerca de 80% nos países ricos, chega semente a 10% em alguns outros países

Paris, França - Muitas crianças morrem em decorrência de câncer nos países mais pobres por falta de acesso aos tratamentos, lamentou nesta segunda-feira (15/2) o Centro Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (CIRC) - por ocasião do dia mundial do câncer infantil.

"O câncer é raro nas crianças. Nos países desenvolvidos, ele representa menos de 1% do total dos cânceres. Mas nos países com baixa renda, onde as crianças podem representar até metade da população, a proporção do câncer pediátrico pode ser cinco vezes mais alta", ressaltou o CIRC em comunicado.

"A proporção de crianças que morrem de um câncer nos países mais pobres é inaceitável quando sabemos o que podemos fazer a esse respeito (como taxa de sobrevida) nos países ricos graças ao acesso aos tratamentos", comentou o médico Christopher Wild, diretor do CIRC.

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Embora a taxa de sobrevivência seja de cerca de 80% nos países ricos, chega semente a 10% em alguns outros países, segundo o CIRC, ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o CIRC, "o câncer pediátrico é um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento" e salientou a necessidade de alocar mais recursos para melhorar o diagnóstico, tratamento e infra-estrutura.

Cerca de 215 mil crianças menores de 15 anos e 85 mil de 15 a 19 anos são diagnosticadas com câncer todos os anos no mundo, um número muito mais alto do que o previsto, segundo novas estimativas baseadas em dados coletados pelos registros de 68 países entre 2001 e 2010.

Inúmeros cânceres podem ser tratados, mas a doença continua sendo uma grande causa de mortalidade com cerca de 80 mil óbitos no mundo.

Quase metade dos cânceres infantis são leucemias ou linfomas, seguidos dos tumores do sistema nervoso central.