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Fechado acordo para suspender hostilidades por uma semana na Síria

Segundo o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, Estados Unidos e Rússia vão dirigir as "modalidades" da implantação desse cessar-fogo

Um grupo de trabalho dirigido pela ONU se reúne a partir desta sexta, em Genebra, para pôr em prática o avanço humanitário, que contará com "balanços semanais", completou Kerry.

Suspensas no início de fevereiro por causa de uma ofensiva do governo apoiada pela Aviação russa contra os rebeldes, as negociações de paz entre as diferentes partes em conflito na Síria devem "ser retomadas o quanto antes", insistiu o chefe da diplomacia americana.

Essas negociações devem acontece "sem ultimatos, ou condições prévias", afirmou Lavrov.
Em nota divulgada após o encontro, já na sexta-feira (horário local), a Grã-Bretanha considerou que o acordo poderá ser aplicado com sucesso apenas com "uma mudança de comportamento" de Damasco e da Rússia.

"Se for aplicado completamente e de maneira apropriada", o acordo "será um passo importante para o fim dos massacres e do sofrimento na Síria", declarou o chanceler britânico, Philip Hammond, em um comunicado.

Segundo ele, o acordo "terá sucesso apenas se houver uma mudança de comportamento por parte do regime sírio e de seus apoios", em referência à Rússia.

Desde o final de setembro, Moscou dá suporte às tropas de Bashar Al-Assad com bombardeios aéreos.

A Rússia "afirma que bombardeia os grupos terroristas, mas bombardeia normalmente grupos não extremistas e civis", denunciou Hammond, insistindo em que, "para que este acordo funcione, esses bombardeios devem terminar".