Copenhaga, Dinamarca - A Organização Mundial da Saúde pediu nesta quarta-feira aos países europeus para que coordenem entre si uma ação para evitar a proliferação do mosquito transmissor do vírus zika antes de sua chegada no continente.
"Peço aos países europeus a tomarem medidas coordenadas para controlar os mosquitos através do envolvimento das pessoas para eliminar os focos e do planejamento para espalhar inseticida e matar as larvas", escreveu em um comunicado a diretora Europa da OMS, Zsuzsanna Jakab.
A OMS declarou na segunda-feira que o vírus zika é fortemente suspeito de estar por trás da explosão no número de casos de má formação congênita na América Latina, que é "uma emergência de saúde pública de alcance global".
Se turistas europeus foram infectados com o vírus, o mosquito que o transmite (Aedes aegypti) ainda não foi descoberto na União Europeia.
A OMS estima que o risco de que o vírus chegue ao continente "continua a ser extremamente baixo durante o inverno". Mas esse risco aumenta à medida que as temperaturas sobem, uma vez que o inseto pode se adaptar a todos os climas quentes.
"Os mosquitos Aedes, os mesmos responsáveis %u200B%u200Bpela disseminação da dengue e da febre chikungunya, estão presentes em vários países europeus, em particular nos países mediterrâneos", observou a organização no final de janeiro.
O Centro europeu de prevenção e controle das doenças alertou para o risco de que outro mosquito, Aedes albopictus, possa se tornar vetor da doença na Europa.
A presença desta espécie está estabelecida, de acordo com suas observações, em torno do Mediterrâneo, da Espanha à Grécia, na metade sul da França, em toda a Itália, bem como na Bulgária.