Londres, Reino Unido - A rede de televisão pan-árabe Al Jazeera abriu um processo contra o Egito ante uma corte internacional de arbitragem, devido às perdas ocasionadas pelo fechamento de seu escritório no país e à perseguição a seus jornalistas, informaram, nesta quarta-feira, seus advogados.
A ação foi intermediada no Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (ICSID) do Banco Mundial, com sede em Washington, em resposta aos prejuízos em mais de 150 milhões de dólares.
A televisão com sede em Doha "inicia formalmente um processo de arbitragem contra a República Árabe do Egito", informou o escritório de advocacia Carter-Ruck de Londres.
Milhares de ativistas e jornalistas foram detidos desde que chegou ao poder o chefe das Forças Armadas, e agora presidente, Abdel Fatah al-Sisi, em 2013.
"Um grande número de jornalistas que trabalhavam para a Al Jazeera foram acusados, presos ou detidos, com a ausência de acusações ou sob acusações indubitavelmente falsas e motivadas politicamente", acrescentaram os advogados.
"As instalações da Al Jazeera no Egito sofreram ataques dos militares, da polícia e grupos que apoiam o governo", prosseguiram, e "sua licença para transmitir foi cancelada".