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Gigantes farmacêuticos pedem em Davos luta contra superbactérias

A crescente resistência das bactérias aos antibióticos é uma prioridade para os sistemas sanitários

Mais de 802 grandes grupos farmacêuticos e médicos pediram nesta quinta-feira (21/01) em Davos que se coordenem os esforços para lutar contra a resistência a antibióticos das superbactérias, um tema de crescente preocupação no mundo, e pediram a mobilização de fundos públicos. A declaração, emitida durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, foi assinada pelas grandes empresas do setor como a francesa Sanofi, as suíças Novartis e Roche ou as norte-americanas Pfizer e Merck.

A eficácia dos antibióticos está diminuindo, o que preocupa cada vez mais a comunidade científica. Os pesquisadores chineses anunciaram por exemplo que haviam descoberto um gene que torna ineficazes alguns antibióticos administrados de maneira urgente, quando todos os outros tratamentos fracassam, o que faz temer que hajam infecções que podem se tornar mortais.

"Nossos resultados são extremamente preocupantes", alertou Liu Jianhua, professor da universidade agrícola de Cantão. Os grupos farmacêuticos signatários da petição também pedem aos governos que apoiem financeiramente o desenvolvimento de novos antibióticos.

Os autores da carta, que incluem igualmente os gigantes britânicos AstraZeneca e GlaxoSmithKline ou a empresa francesa de diagnósticos Biomérieux, garantiram também que apoiam o plano de ação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para preservar a eficácia dos antibióticos. A crescente resistência das bactérias aos antibióticos é uma prioridade para os sistemas sanitários, destacaram os signatários da declaração.

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Os antibióticos, um grande avanço médico que tem mais de um século, são absolutamente necessários para curar infecções mortais e também para procedimentos como transplantes, as quimioterapias ou o tratamento do HIV. As infecções que surgem por causa da resistência a esses medicamentos poderiam provocar cerca de 10 milhões de mortes que poderiam ser evitáveis de hoje a 2050 e custar até 100 bilhões de dólares caso o problema não seja resolvido.