Nas ruas deste vilarejo do cantão de Grisons (Suíça), as patrulhas policiais são mais numerosas do que em anos anteriores, com agentes armados entre blocos de concreto barrando a estrada de acesso ao centro de conferências.
Os organizadores reforçaram significativamente a segurança para reduzir o risco de ataques contra a reunião que reúne até sábado 2.500 personalidades, chefes de Estado e de Governo, ministros, líderes empresariais, ou artistas como Leonardo DiCaprio, que chegou na terça-feira (19/1).
O tema oficial desta reunião é a quarta revolução industrial, que poderia transformar a economia global, mas "como muitas vezes em Davos, o assunto é permeado por eventos mundiais e o que prende a atenção de todos é o que está acontecendo na China, onde o crescimento está desacelerando", afirma o economista-chefe da empresa britânica IHS, Nariman Behravesh.
Pequim publicou na terça-feira os números de seu crescimento em 2015, o menor em 25 anos (6,9%). A desaceleração chinesa e dos países emergentes em geral pesa sobre o aumento do PIB global e, desta forma, é o conjunto da economia mundial que corre o risco de "descarrilar", como alertou na terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Esta situação tensa também afeta os mercados financeiros, que experimentam um período de alta volatilidade, e os preços do petróleo e matérias-primas que estão no seu mais baixo nível.
Em Davos, a geopolítica e a diplomacia também entram na agenda.
Da crise coreana aos atentados jihadistas, passando pelo grupo Estado Islâmico (EI) ou o ciber-terrorismo, uma série de questões serão discutidas nos próximos dias.