Charsadda, Paquistão - Ao menos 21 pessoas morreram nesta quarta-feira (20/1) em um ataque contra uma universidade do noroeste do Paquistão reivindicado pelos talibãs, 13 meses depois do massacre executado pelos insurgentes em uma escola da mesma região. "O balanço de mortos no ataque terrorista se elevou a 21", afirmou o chefe de polícia regional, Saeed Wazir, que também anunciou o fim do ataque.
As forças de segurança chegaram à universidade em blindados e helicópteros. Os canais de televisão exibiram imagens da fuga dos estudantes, enquanto as estradas de Charsadda permaneciam bloqueadas pelas forças oficiais. "Funcionários, mulheres e homens, e estudantes estavam no campus no momento do ataque", disse à AFP Fazal Raheem Marwat, vice-reitor da universidade. O centro universitário não havia recebido nenhuma ameaça específica, "mas havíamos reforçado a segurança", disse Marwat.
O mais grave atentado do país foi cometido há mais de um ano em uma escola de Peshawar, quando os talibãs mataram a sangue frio mais de 150 pessoas, em sua maioria estudantes, em uma ofensiva de várias horas. No dia 16 de dezembro de 2014, um comando de nove pessoas invadiu a Escola Pública do Exército (APS) e abriu fogo contra várias salas durante horas, em represália a uma ofensiva militar contra os talibãs.
O ataque, que traumatizou um país abalado por uma década de violência, provocou uma campanha contra o extremismo no Paquistão. O exército intensificou a ofensiva contra os grupos armados nas zonas tribais onde atuavam antes com total impunidade. O número de atentados diminuiu consideravelmente em 2015, mas um ataque suicida deixou 10 mortos na terça-feira em Peshawar.