Um tribunal do Reino Unido decidiu nesta terça-feira que a polícia do país agiu de acordo com a lei, quando utilizou leis antiterrorismo para deter o companheiro brasileiro do jornalista Glenn Greenwald. O repórter havia divulgado notícias sensíveis, após receber material vazado por Edward Snowden, ex-funcionário terceirizado da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês).
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O brasileiro David Miranda foi retido durante nova horas no Aeroporto Heathrow, por causa da Lei de Terrorismo, quando viajava da Alemanha para o Brasil em agosto de 2013. Ele levava documentos para seu companheiro, o jornalista Glenn Greenwald, incluindo arquivos de inteligência vazados por Snowden.
Grupos pelas liberdades civis criticaram o uso da legislação antiterrorismo no caso, acusando autoridades de tentativa de intimidação de jornalistas. Um tribunal britânico decidiu em 2014 que a polícia havia agido corretamente. Três juízes do tribunal de apelação concordaram nesta terça-feira, dizendo que a polícia "exerceu o poder para um propósito permitido". Mas os magistrados também disseram que deve haver salvaguardas legais mais fortes, quando o poder é usado contra jornalistas.