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Polícia desmente história que menina de 13 anos foi estuprada na Alemanha

Segundo vários meios de comunicação alemães, a suposta vítima desapareceu e explicou ter sido sequestrada por três homens que a levaram a um apartamento e a estupraram

Berlim, Alemanha - A polícia de Berlim desmentiu, nesta terça-feira (19/1), as afirmações de uma adolescente com nacionalidades alemã e russa de 13 anos que disse ter sido estuprada por estrangeiros, um caso que segundo a extrema-direita alemã e meios de comunicação russos o governo tenta ocultar.

[SAIBAMAIS]A jovem explicou ter sido sequestrada e estuprada em Berlim, mas posteriormente se retratou. "A jovem, que no início da semana passada foi brevemente considerada sequestrada, não foi vítima de nenhum sequestrador, diferentemente do que dizem muitas informações da imprensa e nas redes sociais", afirmou a polícia de Berlim nesta terça-feira em um comunicado.

"A investigação realizada pela polícia criminal regional também permitiu constatar que a jovem de 13 anos que reapareceu na terça-feira também não foi estuprada", indicou a polícia.

Segundo vários meios de comunicação alemães, a suposta vítima desapareceu na segunda-feira, (11/1), quando ia para a escola, e explicou ter sido sequestrada por três homens que a levaram a um apartamento e a estupraram. Segundo a família da adolescente, a polícia a obrigou a se retratar.

O caso serviu a alguns meios de comunicação russos e ao partido neonazista alemão NPD em sua campanha contra os migrantes e contra os que chamam de "Rapefugees" (uma mistura de "rape" - estupro em inglês -, e "refugees" - refugiados -), em particular desde a onda de agressões em Colônia durante a noite de Ano Novo e que foi atribuída a estrangeiros.

A rede russa favorável ao Kremlin NTV também falou do caso, afirmando que "os habitantes do bairro explicam que os problemas com os migrantes do Oriente Médio começaram muito antes dos eventos em Colonia".