Hillary Clinton, favorita à indicação democrata para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, enfrentará neste domingo seus rivais Bernie Sanders e Martin O;Malley no quarto debate anterior às primárias.
Os três pré-candidatos terão seu duelo verbal, que promete um brilho maior que os anteriores, neste domingo a partir das 21h00 locais (00h00 de segunda-feira, horário de Brasília) em Charleston, Carolina do Sul, e será transmitido pela rede NBC e pelo YouTube.
Trata-se do último debate antes do início das eleições primárias, em 1 de fevereiro em Iowa.
A distância entre a ex-secretária de Estado e Sanders, senador por Vermont, diminuiu.
Efetivamente, se antes do Natal Hillary ostentava mais de 50% das intenções de voto, agora registra 48%, contra 40% para Sanders, segundo uma média das principais pesquisas calculada pelo site RealClearPolitics.
As pesquisas apontam resultados ainda mais apertados no simbólico estado de Iowa, onde desde setembro Sanders aparece inclusive em primeiro lugar.
Já em New Hampshire, que realiza primárias em 9 de fevereiro, o senador está na liderança desde dezembro.
Estes dados explicam os ataques lançados nesta semana pela equipe de Hillary contra Sanders em dois temas: sua suposta indulgência em relação ao lobby das armas e sua cara proposta de reforma do sistema de saúde.
Senador de Vermont, um estado com muitos caçadores, Sanders votou em 2005 a favor de uma lei que deu imunidade aos fabricantes de armas em caso de uma utilização criminal das mesmas.
No sábado, sob pressão, Sanders declarou seu apoio a um novo projeto de lei que retira esta imunidade.
Em matéria de saúde, Hillary acusa Sanders de querer aumentar os impostos sobre a classe média para financiar um novo sistema de cobertura universal, ao estilo europeu.
Para mobilizar os eleitores, Hillary Clinton enviou no sábado a Iowa seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, e sua filha Chelsea, de 35 anos.
"Não poderia imaginar um modelo melhor para mim, tanto como mulher, democrata, progressista e mãe que trabalha", disse Chelsea diante de mais de 500 pessoas, segundo o jornal Des Moines Register.