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Investigados na Holanda supostos abusos sexuais contra refugiadas eritreias

"Se ficar demonstrado que 20 mulheres solteiras da igreja estão grávidas, investigaremos para averiguar se foi cometido um crime"

Haia, Holanda - A polícia holandesa anunciou nesta quarta-feira que está investigando uma igreja de Roterdã onde, segundo meios de comunicação locais, jovens refugiadas eritreias sofreram abusos sexuais, sendo que 20 delas teriam engravidado.

"Vimos os artigos (da imprensa) e investigamos para determinar se os fatos são exatos", declarou à AFP Roland Ekkers, porta-voz da polícia de Roterdã, onde fica a igreja ortodoxa de Tewahdo, que acolhe esta comunidade na cidade.

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Segundo o jornal De Volkstrant, entre 200 e 300 pessoas, sobretudo jovens refugiados, visitam o local de culto a cada semana.

Em um comunicado, a organização governamental encarregada de acolher os refugiados (COA) anunciou ter alertado a polícia após ter recebido informações "que levam a crer que foram cometidos abusos sexuais".

"Se ficar demonstrado que 20 mulheres solteiras da igreja estão grávidas, investigaremos para averiguar se foi cometido um crime", declarou Ekkers, destacando que nenhuma ação foi apresentada até agora.

Segundo as últimas cifras disponíveis, 7.256 eritreus apresentaram, entre janeiro e novembro de 2015, pedidos para obter o estatuto de refugiados na Holanda, que tem 17 milhões de habitantes. Trata-se da segunda nacionalidade, depois dos sírios, de solicitantes de asilo no país.