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Dia sangrento deixa ao menos 32 mortos em ataques no Iraque

Em um comunicado publicado na Internet, o grupo EI afirmou que quatro de seus integrantes tinham atacado os xiitas

Bagdá, Iraque - Pelo menos 32 pessoas foram mortas nesta segunda-feira (11/1) em atentados no Iraque, entre eles um ataque a um shopping center de Bagdá, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), informaram fontes médicas e de segurança.

O primeiro ataque, registrado à tarde, teve como alvo um shopping center no bairro Al-Jadida, no leste da capital iraquiana, deixou ao menos 12 mortos.

Segundo um funcionário do Ministério do Interior, homens armados detonaram um carro-bomba antes de abrir fogo na rua e entrar no prédio do centro comercial Zahrat Bagdad, um edifício de quatro a cinco andares neste bairro comercial de maioria xiita.

"Pelo menos um dos atacantes portava um cinto com explosivos e o detonou dentro do shopping", declarou o funcionário.

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Várias pessoas foram feitas reféns e três delas foram executadas quando as forças de segurança tentaram neutralizar os atacantes, indicou um coronel da polícia.

"Os atacantes libertaram pelo menos nove reféns, mulheres e crianças", acrescentou, destacando que ao menos dois membros das forças de segurança foram mortos e nove ficaram feridos no ataque.

Uma fonte médica confirmou o balanço.

Segundo a polícia, uma unidade antiterrorista dos serviços de inteligência foi deslocada para o local.

"As forças de segurança estão no controle total da situação, os atacantes foram mortos e os reféns, libertados", declarou o encarregado da polícia.

Helicópteros sobrevoaram a região, enquanto forças de segurança foram mobilizadas no bairro, onde as ruas eram reabertas progressivamente.

Em um comunicado publicado na Internet, o grupo EI afirmou que quatro de seus integrantes tinham atacado os xiitas. O grupo extremista sunita indicou ter matado ou ferido 90 pessoas, mas costuma superestimar o número de vítimas de seus ataques.

Em Mouqdadiya, no nordeste de Bagdá, 20 pessoas morreram em ataques a um café, onde uma bomba foi detonada, seguida de um atentado suicida com carro-bomba, acionado quando os clientes se dirigiam ao local do primeiro ataque, informaram um capitão da polícia e um coronel do exército.

Depois deste ataque, xiitas atearam fogo a casas pertencentes a sunitas e a uma mesquita.

De acordo com um oficial iraquiano, a província de Diyala, onde se encontra Mouqdadiyah, foi "libertada" do grupo EI em janeiro de 2015, mas isto não pôs fim aos ataques lançados pelos jihadistas.

O atentado não foi reivindicado de imediato.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindica regularmente os atentados em Bagdá contra civis xiitas, comunidade majoritária no Iraque a que considera herege. O EI controla vastos territórios no país, a oeste e norte de Bagdá, após uma ofensiva lançada em 2014.

Serviços de Inteligência iraquianos informaram em dezembro ter capturado 40 membros do EI em uma série de detenções nos arredores de Bagdá.