Paris, França - Duas policiais, um jornalista e um ex-agente dos serviços secretos franceses serão julgados por ter divulgado nas redes sociais a identidade dos jihadistas que atacaram a revista Charlie Hebdo quando eles ainda eram perseguidos, informou nesta sexta-feira a procuradoria de Paris.
As duas policiais vão ser julgadas por violação do sigilo profissional, delito passível de ser punido com até um ano de prisão, segundo a fonte. Nenhuma das duas participava da investigação do massacre, de acordo com uma fonte da polícia.
Elas são acusadas %u200B%u200Bde enviar cópias dos documentos de identidade dos irmãos Kouachi, autores do ataque, a um ex-membro do serviço de inteligência exterior francês, Pierre Martinet, que divulgou através do Facebook um aviso de busca dos jihadistas e de um suposto cúmplice.
A responsabilidade deste último foi rapidamente descartada, mas o seu nome já havia circulado nas redes sociais.
Outra pessoa muito ativa nas redes sociais, o fotojornalista Jean-Paul Ney, espalhou no Twitter a foto da identidade de Said Kouachi, o aviso de busca e outra foto de Chérif Kouachi. Pierre Martinet e Jean-Paul Ney serão julgados por ocultação de violação de sigilo profissional.
No dia 7 de janeiro de 2015, as primeiras informações sobre a investigação foram divulgadas pouco antes das 21H00, e os nomes do jihadistas citados nos meios de comunicação na parte da noite. Os irmãos Kouachi foram mortos em 9 de janeiro durante a ação policial no local aonde estavam escondidos.
A data do julgamento ainda não foi fixada.