A polícia turca desmantelou uma fábrica que produzia coletes salva-vidas baratos que não cumpriam as normas de segurança e apreendeu os materiais, depois que as autoridades encontraram os corpos de 36 migrantes que tentavam cruzar o mar Egeu para chegar à Grécia, informou nesta quarta-feira (6/1) a imprensa local.
Segundo as autoridades, os equipamentos não respondem às normas de segurança e não permitem que as pessoas que os utilizam mantenham a cabeça fora d;água. "Não são coletes salva-vidas, são coletes da morte. É simplesmente um massacre", criticou na rede de informações NTV Ali Karakurt um fabricante de coletes de Izmir.
As autoridades apreenderam 1.263 coletes na fábrica - que empregava quatro funcionários, dentre eles duas jovens refugiadas sírias - na localidade de Izmir, na costa do mar Egeu, informou a agência Dogan. A região é uma das mais utilizadas pelos refugiados que buscam viajar da Turquia à Grécia, a 140 km de Ayvalik, a praia onde os corpos dos migrantes foram resgatos na terça-feira (5/1).