"Se um dispositivo nuclear foi detonado pela Coreia do Norte, isto é uma grave violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e uma provocação que eu condeno", disse o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond.
"Nós estamos trabalhando com outros membros do Conselho de Segurança da ONU para garantir que a comunidade internacional responda com urgência e de forma decisiva esta ação da Coreia do Norte", acrescentou Hammond.
A TV estatal norte-coreana noticiou que cientistas do país conduziram a detonação bem-sucedida de uma bomba de hidrogênio por volta das 10h desta quarta-feira (6/1), pelo horário local (23h30 de terça-feira, no horário de Brasília).
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) havia divulgado que um terremoto de magnitude 5,1 ocorreu por volta desse horário nas proximidades do local do teste nuclear, no nordeste da Coreia do Norte.
A França, por sua vez, também pediu forte reação da comunidade internacional. "A França condena esta violação inaceitável das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e apela a uma forte reação da comunidade internacional", afirmou o escritório do presidente francês, François Hollande.
Já a China, o principal aliado da Coreia do Norte, disse que se opõe firmemente ao teste da bomba de hidrogênio e pediu para a Coreia do Norte não realizar atos que possam agravar as tensões na Península Coreana.
A Rússia classificou como violação flagrante das resoluções da ONU o primeiro teste com uma bomba de hidrogênio. "Se esse teste for confirmado, representará um novo passo de Pyongyang no caminho do desenvolvimento de armas nucleares o que constitui uma violação do direito internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", afirmou a chancelaria em um comunicado.
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying, afirmou que a China está monitorando sua fronteira com a Coreia do Norte perto do local do teste e que a qualidade do ar no local estava dentro da faixa normal.
O Japão também expressou sua condenação. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, reiterou que o teste é uma ameaça para a segurança de sua nação. "Nós absolutamente não podemos permitir isso e condenamos fortemente", afirmou Abe, dizendo que irá tomar uma "forte medida" de ação com outras nações, como os EUA, Coreia do Sul, China e Rússia, através da Organização das Nações Unidas (ONU).
A ministra de Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, afirmou em um comunicado que a ação "confirma o país como ;perigoso; e uma contínua ameaça à paz e segurança internacional".
Antes da confirmação do teste, o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, Ned Price, disse que apesar de ainda não poder confirmar as informações, o governo norte-americano condena qualquer violação às resoluções do Conselho de Segurança da ONU. "Voltamos a pedir à Coreia do Norte que cumpra as suas obrigações e compromissos internacionais". "Os Estados Unidos vão responder adequadamente a qualquer provocação norte-coreana", acrescentou Price.