Espera-se que Macri, que já havia questionado a saúde da democracia na Venezuela, peça na cúpula a libertação dos políticos presos no país caribenho, cujos estandartes são os opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma, após julgamentos questionados por organizações de direitos humanos.
Em sua reunião no domingo para preparar a declaração final, os ministros das Relações Exteriores debateram os direitos humanos no bloco, mas evitaram a qualquer custo abordar o tema da Venezuela com a imprensa.
O chanceler Eladio Loizaga do Paraguai, país que entrega a presidência temporária ao Uruguai após a cúpula, afirmou aos jornalistas que foi discutido o estabelecimento de uma comissão que vigie os direitos humanos, como as que existem na ONU e na OEA: "Também em nível Mercosul queríamos ter um instrumento que possa ir medindo este compromisso".
O ministro acrescentou que se espera que a Venezuela, que se uniu ao bloco em 2012, assine o Protocolo de Assunção sobre direitos humanos, que tem 10 anos. "É importante para o Paraguai que todos os cidadãos que tenham uma dívida com a justiça recebam um tratamento em conformidade com o Estado de Direito, que se respeite o devido processo e que o cidadão tenha direito a uma livre defesa", disse Loizaga.
Mas esclareceu que "não existe nenhum impasse" com o governo venezuelano, que acaba de sofrer um revés após a vitória esmagadora da oposição nas eleições legislativas de 6 de dezembro.