Jornal Correio Braziliense

Mundo

Francisco critica a indiferença de um mundo saturado pela informação

A mensagem denuncia "uma certa saturação de informação que anestesia e, em certa medida, relativiza a gravidade dos problemas"



Mas denuncia principalmente uma indiferença que "superou decididamente o âmbito individual para assumir uma dimensão global". Ao final do texto, o papa fez um triplo apelo aos dirigentes políticos. Para começar, devem evitar "arrastar outros povos para conflitos ou guerras que que destroem não apenas as riquezas materiais, culturais e sociais, como também - e por muito tempo - a integridade moral e espiritual".

Em seguida, devem trabalhar para "abolir ou gestionar de maneira sustentável a dívida internacional dos Estados mais pobres". E, por último, "adotar políticas de cooperação (...) respeitosas dos valores das populações locais e que, em qualquer caso, não prejudiquem o direito fundamental e inalienável das crianças por nascer".

A mensagem denuncia "uma certa saturação [de informação] que anestesia e, em certa medida, relativiza a gravidade dos problemas". "Há quem esteja bem informado, ouça o rádio, leia os jornais ou veja programas de televisão, mas o fazem de maneira frívola, quase por mero costume. Estas pessoas conhecem vagamente os dramas que afligem a humanidade, mas não se sentem comprometidas, não vivem a compaixão", conclui o papa em sua mensagem.