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Bolívia recorre contra decisão que limita presença de Morales na tevê

Para o ministro da Presidência, imposição judicial fere o direito à informação dos bolivianos

O governo boliviano recorreu nesta segunda-feira (14/11) contra a decisão da justiça eleitoral de limitar a exibição de atos oficiais do presidente Evo Morales em transmissões de rádio e tevê, no momento em que ele faz campanha pela reeleição.

"Apresentamos um recurso (ao Tribunal Constitucional) para que os bolivianos e bolivianas tenham o direito à informação, fundamentalmente", afirmou o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, citado pelo canal de tevê Gigavisión.

Morales tem aparecido na tevê várias vezes por dia, em atividades oficiais que vão desde a entrega de obras até declarações sobre os sucessos de seu governo, mas também aproveita a mídia para criticar seus opositores. "Quinze minutos não adianta", disse Quintana sobre o limite diário de exposição do presidente decretado pelo Tribunal Supremo Eleitoral.

Os bolivianos foram chamados a votar no próximo dia 21 de fevereiro para apoiar ou rejeitar uma reforma constitucional que permitiria uma nova reeleição de Morales, por mais cinco anos, após a conclusão de seu mandato, em 2020.



Morales começou a governar em 2006 e foi reeleito para os períodos 2010-2015 e 2015-2020, convertendo-se no chefe de Estado boliviano que mais tempo permaneceu no poder.