Um professor da região de Paris, que alegou ter sido agredido nesta segunda-feira (14/12) de manhã com uma tesoura por um homem que disse pertencer ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), reconheceu ter inventado a história, declarou a promotoria de Paris. O professor, de 45 anos, foi novamente ouvido pelos investigadores, que tentam compreender o que levou o homem a fantasiar os ataques.
O professor, que chegou a ser hospitalizado, com ferimentos superficiais no pescoço e rosto, havia relatado que tinha sido agredido por volta das 06H10 GMT (04h10 de Brasília) quando preparava sua aula em uma pré-escola de Aubervilliers, subúrbio popular do norte de Paris. Segundo ele, o agressor, vestido de pintor, chegou à escola sem armas e utilizou um estilete e tesouras que estavam na sala de aula para agredi-lo.
De acordo com o professor, o homem disse: "É o Daesh (acrônimo em árabe do EI). Isso é uma advertência". A investigação foi imediatamente encarregada ao setor antiterrorista da promotoria e à polícia antiterrorista pela acusação de tentativa de assassinato relacionada a uma empresa terrorista.
A ministra francesa da Educação, Najat Vallaud-Belkacem, que se dirigiu nesta segunda-feira à escola, denunciou "um ato de grande gravidade". Esta suposta agressão ocorre em um contexto de tensão elevado na França, um mês após os atentados que fizeram 130 mortos em Paris.