A eleição regional da França terminou sem um vencedor claro, no momento em que a classe política já começa agora a se preparar para a corrida presidencial de 2017. A Frente Nacional, de extrema-direita, venceu na primeira rodada da votação, porém teve desempenho muito ruim na rodada final, realizada neste domingo. Apesar da derrota, a líder do partido contrário à imigração, Marine Le Pen, ainda vê como possível chegar à presidência.
Le Pen deseja capitalizar os temores em relação ao extremismo islâmico e ao aumento no número de imigrantes na Europa. O Partido Socialista retirou candidatos de suas regiões onde Le Pen e seus aliados concorriam e pediram aos eleitores que votassem em seu rival conservador, Os Republicanos, para impedir que a Frente Nacional conseguisse vitórias.
Com isso, o Partido Socialista ficou totalmente fora dos conselhos em duas regiões. A sigla também perdeu na região de Paris, uma disputa vencida pela conservadora Valerie Pecresse, que foi ministra durante o governo do ex-presidente Nicolas Sarkozy.
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Os resultados oficiais das eleições regionais colocam Os Republicanos, de Sarkozy, com 40,2% dos votos. O Partido Socialista ficou em segundo, com 28,9%, e a Frente Nacional veio em seguida, com 27,1%.
Os conservadores tomaram o controle de sete das 13 regiões, enquanto os socialistas venceram em seis regiões. O vencedor na Córsega não é afiliado a nenhum grande partido.
A Frente Nacional obteve seu maior número de votos em uma eleição, com um total de 6,8 milhões, mais que Le Pen obteve na corrida presidencial de 2012. O partido ampliou sua influência, com mais de 350 cadeiras em conselhos regionais.
"Claro, Marine Le Pen pode vencer a eleição presidencial", afirmou o vice-presidente da Frente Nacional, Florian Philippot. "Nós estamos fazendo progressos", disse ele, derrotado no domingo na região da Alsácia, leste do país.
O candidato conservador para a eleição presidencial será escolhido em votação primária em novembro de 2016. Sarkozy é considerado um dos favoritos, mas enfrenta rivais de peso, entre eles o ex-premiê François Fillon.