Washington, Estados Unidos - Os Estados Unidos reiteraram nesta terça-feira seu pedido à Venezuela para que liberte os opositores que estão detidos, e destacaram a importância de um amplo diálogo político neste país após a derrota do chavismo nas legislativas do domingo.
De acordo com o porta-voz do departamento de Estado John Kirby é fundamental que a Venezuela comece este entendimento, mas isto será "difícil enquanto existir a criminalização da legítima dissidência política".
Por isto, completou: "pedimos ao governo da Venezuela que liberte aqueles que estão na prisão por suas atividades e convicções políticas".
Para Kirby, este amplo diálogo nacional é "importante para enfrentar os desafios sociais e econômicos que os venezuelanos encaram", e apontou que é crucial "que todas as partes participem" da iniciativa.
Os Estados Unidos, disse o porta-voz da chancelaria americana, "estão dispostos a desempenhar qualquer papel de apoio construtivo que as partes considerem útil".
Na véspera, o secretário de Estado americano, John Kerry, havia expressado em uma nota sua convicção de que as eleições legislativas do domingo, que exibiram um amplo triunfo da oposição, eram a manifestação de um "desejo irresistível de mudança".
Até o momento, a coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD, centro-direita) tem asseguradas 110 cadeiras (a maioria qualificada de 3/5 da câmara) frente a 55 do movimento do presidente Nicolás Maduro, herdeiro político do falecido governante Hugo Chávez.