Maduro aceitou a derrota, que disse receber como uma "bofetada". Com tom moderado, Jesús Torrealba, secretário executivo da MUD, anunciou o "início da mudança na Venezuela", mas reconheceu que a oposição tem uma "responsabilidade imensa" para "enfrentar a crise". "Esperamos que seja possível abrir um canal para que a transição na Assembleia seja mais ou menos normal, ou será uma transição selvagem", disse à AFP Colette Capriles, analista da USB.
Luis Vicente León, presidente da empresa de pesquisas Datanálisis, concordou que "tal como estão as forças políticas no país, existem apenas dois cenários: negociação ou guerra". "A maioria qualificada não é para perseguir", disse o líder da ala moderada da oposição, o ex-candidato à presidência Henrique Capriles, que descartou uma ;caça às bruxas;.
Maduro, que assumiu o poder em abril de 2013, atribuiu o "revés conjuntural" a uma "guerra econômica" de empresários de direita, admitindo o descontentamento da população com o alto custo de vida e a escassez de produtos básicos, que provoca longas filas nos supermercados.