Um ex-guarda de Auschwitz, de 93 anos de idade, será julgado em fevereiro por um tribunal alemão por cumplicidade no extermínio de pelo menos 170 mil pessoas entre 1943 e 1944 no campo de concentração nazista, anunciou a justiça nesta segunda-feira (7/12).
O homem, um ex-sargento da SS de Lippe (oeste) é suspeito de ter, entre janeiro de 1942 e junho de 1944, supervisionado a chegada de comboios de deportados, bem como pela seleção entre os considerados aptos ao trabalho e os outros, enviados para as câmaras de gás, de acordo com um tribunal de Detmold (oeste), onde o acusado deverá comparecer a partir de meados de fevereiro.
Um especialista considerou que ele está apto a comparecer perante a justiça durante duas horas por dia. O homem, cuja identidade não foi revelada, recebeu 92 comboios provenientes da Hungria entre maio e junho de 1944. Segundo a acusação, ele também estava ciente das execuções em massa de prisioneiros no campo, bem como da privação regular e sistemática de alimentos e cuidados aos quais os deportados eram vítimas. "O acusado %u200Breconheceu ter estado em atividade em Auschwitz. No entanto, ele nega ter participado nos assassinatos" em massa.
Setenta anos após o julgamento de Nuremberg (sul), onde os oficiais nazistas mais importantes foram julgados, e alguns meses após a condenação a quatro anos de prisão de Oskar Gr;ning, o ex-contador de Auschwitz, uma dúzia de investigações ainda estão em andamento na Alemanha contra ex-SS.
Estes procedimentos tardios ilustram alemã de julgar até "os últimos" criminosos do Terceiro Reich, depois de décadas de um balanço judicial muito criticado, marcado por poucas e leves condenações. Na semana passada, um tribunal de apelações alemão estimou que uma ex-enfermeira de Auschwitz poderia ser julgada por seu suposto papel na morte de pelo menos 3.681 judeus no final do verão de 1944.