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Espanha prende duas pessoas por fazerem propaganda do EI

A polícia realizou a operação quando o principal suspeito publicou nas redes sociais um vídeo no qual ele aparecia queimando seu passaporte, como frequentemente fazem os candidatos à jihad na Síria e no Iraque

Madri, Espanha - Dois presos, um espanhol e um marroquino, que cumpriam penas na Espanha por crimes comuns, foram detidos por supostamente divulgarem propaganda da organização extremista Estado Islâmico (EI), informou nesta sexta-feira (4/12) o ministério do Interior.

A operação foi realizada pela polícia nacional no País Basco, no norte da Espanha, em uma operação especial destinada a combater a radicalização na prisão, declarou o ministério em um comunicado.

Os dois homens, de 32 e 24 anos, estavam "cumprindo penas por crimes comuns na prisão de Martutene". Um deles foi detido no próprio centro penitenciário e o outro na pequena localidade de Zumarraga, onde tinha permissão para trabalhar.

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A polícia realizou a operação quando o principal suspeito publicou nas redes sociais um vídeo no qual ele aparecia queimando seu passaporte, como frequentemente fazem os candidatos à jihad na Síria e no Iraque.

Os investigadores haviam constatado em um primeiro momento que "um grupo de jovens de origem magrebe estavam sendo doutrinados com os postulados da organização terrorista Daesh (acrônimo em árabe do EI) na localidade guipuzcoana de Rentería", perto de San Sebastián.

O jovem marroquino preso é acusado de liderar essas reuniões das quais participava também o espanhol detido.

"Ambos trocavam vastos conteúdos de propaganda de doutrinação e enaltecimento das atividades do Daesh. Entre esses contéudos estavam gravações de atentados, execuções, decapitações e treinamento de crianças como extremistas", afirmou o ministério.

Os dois homens - detidos três semanas depois dos atentados de Paris, reivindicados pelo EI, que deixaram 130 mortos - poderão ser julgados por colaboração com organização terrorista e apologia das ações criminosas do EI.

A Espanha deteve desde o início do ano cerca de 140 suspeitos no marco de investigações relacionadas com o jihadismo.