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Hollande diz que porta-aviões francês será mobilizado 'nos próximos dias'

"Após o covarde e terrível atentado que atingiu nosso país, decidi intensificar a luta contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque (...), isso significa intensificar os ataques", insistiu Hollande

O porta-aviões francês Charles de Gaulle, atualmente no Mediterrâneo Oriental, será implantado "nos próximos dias" no Golfo, anunciou nesta sexta-feira o presidente François Hollande, durante uma visita surpresa ao navio.

"Em alguns dias, vocês vão a uma nova zona, você assumir responsabilidades de comando vis-à-vis nossos aliados como parte da coalizão", declarou em um discurso para a tripulação do porta-aviões.

O Charles de Gaulle assumirá por algumas semanas a tarefa de um porta-aviões americano, como na primavera de 2015, e irá coordenar os navios implantados na área.

"Sua missão vai continuar até março", disse Hollande.

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O Charles de Gaulle, que partiu em 18 de novembro de sua base em Toulon (sul da França), deveria inicialmente se posicionar no Golfo, mas a França decidiu posicionar primeiramente no Mediterrâneo Oriental, a fim de agir mais rapidamente contra o grupo Estado Islâmico, que reivindicou os ataques de 13 de novembro em Paris.

Caças Rafale e Super Etendard realizam desde 23 de novembro ataques contra o EI no Iraque e na Síria, triplicando a capacidade de ação da França na região, para além das doze unidades já estacionadas na Jordânia e nos Emirados Árabes Unidos.

"Após o covarde e terrível atentado que atingiu nosso país, decidi intensificar a luta contra o Daech (Estado Islâmico) na Síria e no Iraque (...), isso significa intensificar os ataques", insistiu Hollande.