Genebra, Suíça - Dezesseis fossas comuns foram descobertas em Sinjar (norte do Iraque), cidade recentemente retomado pelas forças curdas das mãos do grupo Estado Islâmico (EI), informou nesta sexta-feira a ONU, que também denunciou a violência "generalizada" contra sunitas suspeitos de apoiar o EI.
"Nós recebemos informações de 16 valas comuns contendo os corpos de pessoas mortas pelo Isil (outro acrônimo para EI)", informou uma porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Cecile Pouilly, durante uma coletiva de imprensa em Genebra.
A ONU, no entanto, não tem informações sobre a localização das covas ou sobre o número de corpos encontrados.
O EI havia tomado o controle de Sinjar em agosto de 2014, cometendo uma série de massacres, sequestros e estupros contra a sua população yazidi.
As Nações Unidas descreveram o ataque como "tentativa de genocídio".
Além disso, Pouilly expressou sua preocupação com "relatos de aumento dos abusos e violações dos direitos humanos cometidos contra as comunidades árabes sunitas em regiões que ficaram sob o controle do Isil" e que foram posteriormente liberadas.
Os relatos indicam que membros das forças de segurança iraquianas e curdas, bem como suas milícias afiliadas, cometeram uma série de violações contra os sunitas, incluindo saques, destruição de propriedade, despejos forçados, detenções ilegais e, em alguns casos, execuções extrajudiciais.
"Isto já se arrasta há meses, a medida que os territórios vão sendo liberados", segundo a porta-voz.
As vítimas são acusadas de ter colaborado com o EI.
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