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Reino Unido inicia bombardeios a áreas sob controle do Estado Islâmico

Tropas aéreas foram direcionadas a atacar nesta quinta-feira (2/12) campos de petróleo do grupo na Síria


Muitos deputados usaram sua vez de falar para exigir revoltados que Cameron se desculpasse por ter chamado de "simpatizantes terroristas" os que se opõem a sua iniciativa, em uma reunião com colegas conservadores na terça-feira. Estas palavras "degradam o cargo de primeiro-ministro e minam a seriedade das deliberações", respondeu o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, que deu liberdade de voto a sua bancada.

Corbyn lamentou o resultado da votação, que rompeu inclusive as fileiras dos conservadores e dos trabalhistas, com muitos deputados votando contra seus líderes. "Os soldados britânicos estarão agora em perigo e a perda de vidas inocentes é tristemente inevitável", comentou.
As dúvidas criadas pelas guerras do Iraque e do Afeganistão, das quais o Reino Unido participou a pedido do então premiê Tony Blair, pesaram no debate. "O fantasma do Iraque, do Afeganistão e da Líbia paira sobre esse debate", disse Corbyn. "Isso não é 2003. Não podemos usar erros passados para justificar a indiferença, ou a passividade", rebateu Cameron.
A permissão do Parlamento acontece dois anos e meio depois da rejeição a participar de uma ação militar contra o presidente sírio, Bashar Al-Assad, por usar armas químicas contra a população de seu país.