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Muçulmano é assassinado em Bangui após visita do papa

O corpo deste homem de 35 anos foi transportado para a mesquita vizinha Ali Babolo e coberto com um lençol branco dentro de uma bolsa de plástico

Bangui, República Centro-Africana - Homens armados mataram, nesta terça-feira (1;/12), um jovem muçulmano no bairro PK5, subúrbio muçulmano de Bangui, um dia depois da visita do papa Francisco para transmitir uma mensagem de paz neste país devastado pelas violências intercomunitárias, segundo fontes concordantes.

"Até as 11 horas, nosso irmão estava em frente à mesquita Ibni Qatab, quando alguns bandidos saíram com suas armas e dispararam, provocando sua morte" - declarou à AFP o presidente do grupo de comerciantes da região, Issuf Djibril.

Os agressores estavam há alguns metros dali, do outro lado do canal Essayez-voir, que separa o bairro muçulmano de outros cristãos na capital centro-africana, declararam vários moradores do PK5.

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O corpo deste homem de 35 anos foi transportado para a mesquita vizinha Ali Babolo e coberto com um lençol branco dentro de uma bolsa de plástico.

O arcebispo de Bangui, Dieudonné Nzapalainga, comemorava a relativa calma, em declarações nesta terça-feira à Rádio Vaticano, dia seguinte à visita do papa Francisco à República Centro-Africana.

"Estavam prevendo um apocalipse", mas "não houve um disparo sequer", declarou.

Algumas horas mais tarde, o arcebispo chegou com urgência ao PK5 para oferecer seu apoio a líderes religiosos muçulmanos. Ele pediu que não cedessem "às provocações dos inimigos da paz" para não voltarem a cair em um ciclo de represálias.

O papa, que foi recebido triunfalmente no domingo e na segunda-feira, quis manter sua visita a este país imerso em violências intercomunitárias, apesar das advertências feitas, especialmente pela França, sobre a impossibilidade de garantir a segurança das pessoas.

Durante sua estada de 26 horas, visitou a mesquita central do bairro para se encontrar com os dirigentes muçulmanos do país e não deixou de pedir a cristãos e muçulmanos sua reconciliação. Segundo o papa, são "todos irmãos".