O presidente da Ordem de Advogados de Diyarbakir, Tahir Elçi, morreu durante um tiroteio no momento em que concedia uma entrevista à imprensa na grande cidade curda do sudeste da Turquia.
Elçi foi atingido na cabeça durante um tiroteio que teve o envolvimento da polícia, segundo testemunhas. Também ficaram feridos três policiais e vários jornalistas.
Homens armados abriram fogo contra Elçi e um grupo de advogados, o que provocou a intervenção das forças de segurança.A polícia iniciou uma operação para tentar deter os autores dos disparos.
Advogado de prestígio, defensor da causa curda, Elçi havia sido processado por ter afirmado que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que iniciou uma rebelião armada em 1984, não era uma organização terrorista.
Elçi foi detido em 20 de outubro em seu escritório em Diyarbakir e acusado por "apologia do terrorismo por meio da imprensa" por um tribunal de Istambul, que determinou sua liberdade sob vigilância.
O advogado poderia ser condenado a uma pena de 18 meses a até sete anos de prisão. Em julho recomeçaram os combates entre as forças de segurança turcas e os guerrilheiros turcos, depois de dois anos de cessar-fogo.