A República Centro-Africana, que terá eleições no fim de dezembro, está em guerra civil desde 2013, um conflito que opõe cristãos e muçulmanos. A segurança continua sendo precária, sobretudo na capital Bangui, onde Francisco deve realizar uma visita de 24 horas e que, de acordo com as circunstâncias, pode ser cancelada. "Veremos, em função da situação no local, se a viagem a Bangui será mantida", declarou recentemente o cardeal Pietro Parolin, número dois do Vaticano.
A França alertou que a visita seria "arriscada" e que os 900 soldados franceses presentes no país não teriam condições de garantir a segurança do papa. No Quênia, o momento de maior risco será a visita do pontífice ao subúrbio de Kangemi, ao noroeste de Nairóbi, onde 200.000 pessoas moram em condições de miséria.
"Ao contrário da visita de Barack Obama (em julho), durante a qual o governo pediu aos quenianos que permanecessem em casa, estimulamos os quenianos a viajar até a cidade para receber o papa e participar na missa", disse o porta-voz do governo, Manoah Esipisu.
"Esperamos que 10% dos católicos quenianos, ou seja, quase 1,4 milhão de pessoas procedentes de todo o país, assistam à missa de Nairóbi", disse o coordenador da visita papal, monsenhor Alfred Rotich.
As autoridades ugandesas calculam que 100.000 pessoas comparecerão ao Parque da Independência de Kololo, em Kampala, para ouvir o papa Francisco.