Hillary Clinton disse neste sábado que está disposta a dividir grandes instituições financeiras em caso de necessidade. A principal candidata democrata para a eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos disse, durante um comício no estado da Carolina do Sul, que ela tem as "mais duras" propostas para lidar com Wall Street. Ela diz que quebraria os grandes bancos se necessário e manteria a responsabilidade dos altos executivos financeiros.
"Eu iria atrás não somente dos bancos", disse Clinton, prometendo uma abordagem mais rígida para regular a indústria, apesar de já ter recebido dezenas de milhões de dólares em honorários de palestras, doações para a fundação da família Clinton e dinheiro de campanha de Wall Street durante sua carreira . "Eu vou atrás também dos fundos de hedge, das grandes seguradoras, dos shadow banking".
Os laços de longa data entre Clinton e o mercado financeiro ganharam uma nova perspectiva após o debate presidencial entre candidatos do Partido Democrata do último fim de semana. Os seus principais rivais reafirmaram o apoio á lei conhecida como Glass-Steagall, que pretende separar as atividades comerciais e de investimentos dos bancos.
Mas Clinton e seus assessores argumentam que a Glass-Steagall não teria impedido a falência de grandes instituições financeiras, como o banco de investimento Lehman Brothers e a seguradora AIG, durante a crise deflagrada em 2008.
Os aliados de Clinton têm defendido sua postura. No início deste mês, o ex-Republicano Barney Frank - uma força motriz por trás da reforma da lei de 2010 que leva seu nome - disse que era errado sugerir que os legisladores que pressionaram pelas mudanças foram influenciados por doações de campanha da indústria de serviços financeiros.
Após seu discurso, Clinton apresentou oficialmente sua documentação para ser candidata nas primárias da Carolina do Sul Bernie Sanders, senador pelo estado de Vermont, e Martin O;Malley, ex-governador de Maryland, também confirmaram suas candidaturas em separado.