Madri, Espanha - A Interpol identificou 5,8 mil jihadistas estrangeiros dos aproximadamente 2.500 que aderiram aos grupos que lutam em zonas de combate, informou nesta quarta-feira o chefe da polícia, Jurgen Stock.
O chefe da Interpol deu estas declarações em conferência antiterrorista em Sevilha (sul da Espanha), após os atentados de Paris, que deixaram 129 mortos, e as ameaças de bomba na Alemanha e na Bélgica, que causaram o cancelamento de jogos de futebol.
"A organização tem registrados 5,8 mil suspeitos estrangeiros terroristas, provenientes de mais de 50 países", explicou o chefe da polícia.
"Mas algumas estimativas situam o número de estrangeiros terroristas em mais de 25.000, sendo assim, há claramente uma diferença significativa entre o número de terroristas estrangeiros que identificamos e os que se estima que alcançaram zonas de conflito", indicou.
Stock insistiu em que deveria ter mais informação entre os países e mais acesso aos dados para a Interpol.
"A informação é vital para o trabalho policial (...) Esta informação deve ser compartilhada com a Interpol", acrescentou.
"O autodenominado Estado Islâmico mandou um claro sinal de que está levando sua batalha até nossas casas e capitais", indicou.
Um informe das Nações Unidas destacou recentemente um aumento dos combatentes estrangeiros com relação a 2014. Os mais de 25 mil combatentes envolvidos em conflitos armados provêm de mais de cem países.