França - Duas pessoas morreram, incluindo uma mulher que detonou explosivos junto ao corpo, em um apartamento do subúrbio de Paris e outra permanece entrincheirada no local, durante uma operação da polícia que procura o belga Abdelhamid Abaaoud, apontado como o cérebro dos atentados de sexta-feira (13/11). Ao menos cinco policiais ficaram feridos durante a operação antiterrorista em Saint-Denis, ao norte da capital, onde foram mobilizados militares, informaram fontes das forças de segurança.
Com base em imagens de um vídeo, os investigadores acreditam que o Seat, um dos carros usados nos ataques, tinha uma pessoa a mais do que pensava até o momento. Este suspeito pode estar foragido, a menos que se trate de um dos dois supostos cúmplices dos ataques detidos no sábado em Bruxelas e indiciados pela justiça belga por "atentado terrorista".
Mapa interativo mostra os locais dos ataques em Paris. Veja:
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Os dois homens detidos, Mohammed Amri, 27 anos, e Hamza Attou, 20, teriam ajudado Salah Abdeslam a fugir de Paris após os ataques. Desta maneira, nove homens teriam participado nos atentados de sexta-feira: três homens-bomba na área do Stade de France em Saint-Denis, três na casa de espetáculos Bataclan e três que abriram fogo de forma indiscriminada contra bares e restaurantes de Paris.
Ao menos três deles, Omar Ismail Mostefai, Samy Amimour e Bilal Hadfi, estiveram na Síria. A polícia também busca informações sobre um dos terroristas do Stade de France, que teve a a foto divulgada na terça-feira à noite. Este homem passou pela Grécia e um passaporte sírio foi encontrado junto a seu corpo. O documento corresponde ao de um soldado do regime de Bashar al-Assad morto há alguns meses.
A investigação também se concentra no jihadista francês Fabien Clain, 35 anos, atualmente na Síria, que leu o texto de reivindicação do EI em uma gravação divulgada na internet.