O ministro alemão do Interior, Thomas de Maizi;re, garantiu nesta terça-feira (17/11) dispor de "indicações", que dão a entender que o passaporte sírio encontrado no local dos atentados de Paris é uma "manobra" e uma falsa pista orquestrada pelo Estado Islâmico (EI).
"Existe indicações, de que se trata de uma (falsa) pista orquestrada, mas também não é mais possível excluir que se trate de um terrorista que foi para a Europa, para a França, provavelmente pela Alemanha", disse o ministro em entrevista coletiva.
Entre os indícios de que pode se tratar de uma pista falsa, De Maizi;re destacou que o passaporte tem entradas pela Grécia, pela Sérvia e pela Croácia, enquanto a esmagadora maioria dos imigrantes se recusa a ter qualquer tipo de registro até chegar à Alemanha.
Ainda de acordo com o ministro alemão, "houve informações ontem (segunda-feira) de que um outro passaporte com o mesmo nome e (pertencente a uma outra) pessoa apareceu na Sérvia. Estamos em contato com as autoridades sérvias".
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"Falta, então, determinar se se trata de um refugiado enviado pelo EI (...) ou se é mais uma jogada, articulada por parte do EI, que orquestrou essa pista para preocupar as pessoas", completou De Maizi;re.
O ministro alemão da Justiça, Heiko Maas, já havia comentado que o passaporte de um refugiado sírio, encontrado no local de um dos atentados em Paris, poderia ser "uma falsa pista", lançada pelo Estado Islâmico para "radicalizar" o debate migratório.
O passaporte sírio encontrado está em nome de Ahmad al Mohammad, de 25 anos. Havia sido usado por um homem, que passou pela ilha de Leros, frente à costa turca, em 3 de outubro. Ele deixou a Grécia em uma data desconhecida e foi visto pela última vez na Croácia, alguns dias depois.
A identidade que consta do passaporte também pode corresponder à de um soldado do presidente sírio, Bashar al-Assad, morto há vários meses, disse hoje à AFP uma fonte ligada à investigação na França.