A França "intensificou" os bombardeios contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), mas o trabalho de preparação começou há "várias semanas", antes dos atentados de sexta-feira (13/110 em Paris, afirmou o comandante da operação militar francesa Chammal.
[SAIBAMAIS]"O Daesh (acrônimo em árabe do EI) é nosso inimigo, o Daesh é um inimigo claramente identificado", disse à AFP o contra-almirante Antoine Beaussant, comandante das forças francesas da operação antijihadista Chammal, que teve início em setembro de 2014 no Iraque, antes de ser ampliada à Síria há dois meses.
"Esta luta, que começou no ano passado, vamos continuar com determinação. Hoje intensificamos nossa luta, atacamos nos últimos dias (...), mas iniciamos nosso trabalho há muitos meses", ressaltou o oficial, em uma entrevista concedida à AFP em uma base militar francesa do Golfo.
"Os objetivos que bombardeamos hoje são alvos sobre os quais trabalhamos durante semanas, depois de examinar as informações, o que nos permite propor ao presidente da República a intervenção dos caças Rafale estacionados nos Emirados Árabes Unidos e dos Mirage 2000 instalados na Jordânia", explicou.
O contra-almirante Beaussant falou apenas sobre as operações realizadas desde os atentados que deixaram pelo menos 129 mortos na sexta-feira em Paris. Ele recordou que 700 militares franceses estão envolvidos na operação Chammal, que conta com seis aviões Mirage 2000 e seis Rafale de "forma permanente". O exército também tem um avião de patrulha marítima Atlantique 2 na região, assim como aviões de reabastecimento e de vigilância aérea, indicou o militar.